A competição, inerente à natureza humana e cultivada desde a infância, é frequentemente vista como um catalisador de inovação e crescimento. No entanto, quando transplantada para o contexto familiar, seus efeitos colaterais tornam-se evidentes. Este artigo explora os perigos associados à competição intrafamiliar, destacando como essa mentalidade pode minar a cooperação e ameaçar a harmonia doméstica. Através da análise de caso, examinaremos os impactos adversos nas relações conjugais e parentais, buscando promover uma reflexão sobre a importância da colaboração e do diálogo na construção de lares saudáveis e duradouros.
A competição faz parte da natureza humana, uma vez que somos treinados para sermos competitivos. Desde a infância somos incentivados a agir diante de um adversário. Não foram raras as vezes que durante as atividades escolares fomos levados a participar de brincadeiras pedagógicas onde a turma A competia com a turma B, meninas contra meninos, entre outras competições como vôlei, futebol, basquete e tantos outros.
Uma pessoa competitiva tende a envolver-se mais em conflitos, uma vez que não desenvolve estímulos para a cooperação, sendo mais importante obter uma vitória momentânea sobre seu adversário do que melhorar as relações de forma duradoura. Nesse contexto, a competição é o terreno fértil onde se cultiva a inovação, a excelência e o crescimento, impulsionando indivíduos e organizações a superarem limites, alcançarem seu potencial máximo e prosperarem em busca do sucesso.
Trazendo o assunto para o contexto familiar, que é objeto de estudo, esse tipo de comportamento pode ser prejudicial, tendo em vista que ambos os conflitantes desejam a mesma coisa. No comportamento competitivo, para que uma das partes atinja seus objetivos, os demais envolvidos serão incapazes de atingir os deles.
A título exemplificativo, podemos imaginar um confronto entre cônjuges, onde o objetivo da mulher é provar que o homem está errado na forma de administrar as finanças da família. Deste modo, ela aproveita as falhas do marido para acusá-lo de ser irresponsável e negligente. Em contrapartida o marido segue, sem ouvir os conselhos de sua companheira acreditando que ela está o provocando sem motivos.
Esse tipo de atitude distancia o casal e gera brigas intermináveis. Afinal ninguém gosta de ter seus erros expostos, ainda mais em nome de uma competição tola. Neste cenário, o mais interessante seria os dois abandonarem a competição para que juntos se concentrem no problema!
Se a esposa tem algumas dicas de como administrar o dinheiro da família, o marido deve ouvi-la com humildade e mansidão. Lado outro, a decisão que o marido tomar, deve ser respeitada pelos demais familiares. Já diz o ditado “duas cabeças pensam melhor que uma”.
Competições como essas, podem minar a convivência familiar, por isso, quando você perceber que esse tipo de disputa tem acontecido com frequência em casa, ligue o sinal de alerta e comece a observar o que está alimentando essas atitudes no lar. Uma ótima ferramenta para auxiliar as famílias seria a negociação, porém esse assunto será abordado em uma outra oportunidade!
É por esses e outros motivos, que a competição precisa ser deixada de lado para que as partes juntas, desenvolvam uma eventual solução para resolver o problema.